O Tempo.
Audemir Loris
8/30/20242 min ler


“Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera !" (Padre Antonio Vieira – Sermão do Mandato III -1643)
Parte da ciência aborda o tempo em uma escala fora do senso comum, mede-o em anos-luz, enxerga coisas a milhares de parsec’s de distância, coisas que se quer existem atualmente ainda são vistas por nós, aponta para um universo “acelerado” devido a algo ainda não bem “conhecido”.
Em muitos cálculos e situações o mesmo tempo aparece como uma dimensão extra, configurando assim o espaço-tempo, porem antes de ser considerado uma ilusão é consequência dos processos transformadores a que tudo está sujeito, em algumas situações simplesmente não pode ser contemplado (emaranhamento quântico).
Façamos o uso de analogias, o que de fato tem se mostrado uma excelente ferramenta à disposição dos Físicos, considere as três dimensões espaciais a que estamos habituados, largura (x) altura (y) e profundidade (z), neste espaço tridimensional acontece praticamente tudo que nossos sentidos podem perceber e além tudo que de certa forma convencionamos chamar de Física Clássica, porem uma questão muito presente na evolução de nossa especie desde tempos imemoráveis até nossos dias é :
Como representar o espaço tridimensional em nossos papeis de projeto, em nossas telas de computador, ou mesmo nas paredes de uma caverna?
A resposta é conhecida e provavelmente também está escrita em nosso DNA, usa-se a técnica da perspectiva, ou seja a terceira dimensão que não faz parte do plano é calculada como uma combinação das duas outras coordenadas que definem o plano. Diversas técnicas e métodos existem para realizar esta façanha, a titulo de curiosidade citamos:
Transformações Geométricas, Hologramas, Perspectiva com ponto de fuga, Técnicas de Ray-Tracing, Pinturas rupestres, etc.,
Não iremos discutir aqui as técnicas utilizadas, mesmo porque algumas são extremamento complexas, basta ver nosso sistema visual binocular onde imagens ligeiramente defasadas são mapeadas na retina de nossos olhos, convertidas em impulsos neuronais e reconstruídas em nosso cérebro como um modelo tridimensional. O certo é que ao representar um espaço composto por três dimensões em um plano a terceira dimensão (extra) se torna parceira das duas existentes.
Voltemos ao tempo pode ser de fato que ele nem exista como entidade física, seja apenas uma sucessão de fatos ou ocorrências irreversíveis em sua totalidade, é fato ainda que este por ser relativo sofre os efeitos da aceleração, ou melhor da deformação do espaço-tempo, principalmente se existirem fortes interferências gravitacionais, bom mas aí temos quem sabe uma nova dimensão surgindo, assunto para um bate-papo futuro.
Aparentemente não existe uma partícula mediadora do tempo (ou ainda é hipotética sendo nomeada de chronon, um quantum de tempo), ou seja, mesmo que o tempo se faça presente em nossas equações, em nosso cotidiano, ele parece não existir fisicamente, e o entendemos como uma sucessão de ocorrências e/ou eventos que evoluem sempre em uma direção:
O Futuro
Por hoje lembremos que muito será diferente do que era alguns segundos atrás, o tempo passa e jamais volta!