

O Mistério da Criação.
Audemir Loris
8/30/20242 min ler
Sem dúvida é de uma pretensão inatingível discorrer sobre os objetivos e planos relativos à Criação e princialmente ligados ao Criador. Imagens e relatos a respeito da Criação geralmente moldados em figuras antropomórficas, tais como o oleiro que com o barro cria objetos diversos, e outras representações presentes em algumas pinturas e afrescos não traduzem segundo critérios científicos qualquer resposta satisfatória para tudo que existe; tudo tendo como origem o absoluto nada.
Através de pequenos lampejos pode-se contemplar a formação do universo atual, algo que remonta a dezenas de bilhões de anos passados, mas e antes, poderia o tempo e o espaço estarem ligados em uma entidade interdependente formada durante estes eventos cataclísmicos; em nossa percepção cronológica o que havia antes?
Desconheço uma resposta completa para esta questão que transcenda a pura hipótese especulativa, as brumas tornam-se extremamente espessas por esta época ou apenas não existiam assim como qualquer outra matéria, o que falar ainda do pouco conhecido: buracos negros, estrelas supermassivas, explosões de raios gama de origem cósmica, matéria e energia indetectáveis aos nossos recursos
A dimensão do universo composto por miríades de galaxias, apresentada pela cosmologia e por instrumentos sofisticados como os telescópios espaciais Hubble e James Webb ou o LIGO (Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser) , superam qualquer imaginação ou escala humana, somos menos que um “pálido ponto azul no espaço” como mencionou o grande astrônomo Carl Sagan, ainda assim podemos sentir a presença do Criador não apenas na formação do universo, mas Sua presença constante à indicar o caminho do bem!
A presente reflexão é mais que um apanhado de informações e constatações, é um desafio para que possamos juntos apresentar não só os avanços científicos mas a evolução do pensamento humano no tocante a tudo que existe, parte vemos porem a maior parte ainda é desconhecida, ou parcialmente contemplada, não há como dissociar a mente do coração, a ciência da espiritualidade, a realidade da perplexidade, o saber da ignorância, é esta última que nos impulsiona ao desconhecido, indo até a fronteira final, se é que há um final!
O que de fato é isto que nos impele rumo a fronteira, que nos leva a questionar os pilares da Criação, as bases da sociedade construída sobre os escombros de outras que ruíram de maneira fragorosa ou simplesmente desapareceram sob o pó dos seculos. Há um movimento perpétuo neste sentido, sem dúvida à qualquer ação corresponde uma proporcional ou não reação, não há motivo sem causa, caminhar sem destino, rumo sem direção, ansiedade sem angustia, alegria sem um caminho árduo
Talvez a tradução mais fiel desta busca pessoal começa com os primeiro raios de luz que contemplamos ao nascer, trata-se do reencontro ou ainda de religar-nos a essência Criadora, que de maneira paradoxal frente a nossa enevoada compreensão Criou o Universo e tudo que nele há, são incontáveis galaxias, bilhões de estrelas, algumas com seus planetas e quiça muitos abrigando a vida, em qualquer definição de vida que se aplique. E neste infinito tempo anterior à origem de todas as coisas, pode-se escutar os ecos do passado, indo além do COBE (Cosmic Background Explorer), ouvir a vós do Criador, o mesmo que faz com que o Sol surja tanto sobre os maus e bons, faz chover sobre justos e injustos, eis aí também um grande mistério!